Entenda como funciona a lei do silêncio

Entenda como funciona a lei do silêncio Riva Incorporadora

Tranquilidade é bom e todo mundo gosta. Mas, o que fazer quando as boas práticas não são seguidas pelos nossos vizinhos? Ao morar em um prédio, é muito comum que incômodos aconteçam, especialmente, quando o problema envolve festas, música alta, latidos de cachorro, crianças no condomínio e demais sons que podem atrapalhar o sossego e a rotina da família. Quando isso acontece, a Lei do Silêncio deve sempre falar mais alto.

Diante do enorme número de reclamações no decorrer dos anos, os órgãos públicos entenderam ser imprescindível estabelecer, na legislação brasileira, algumas normas para amparar os cidadãos que sofriam com o excesso de ruídos, sejam eles quais fossem. Sendo assim, essas regras são aplicadas em empreendimentos de todos os portes, a fim de garantir o bem-estar e o bom convívio entre os seus condôminos.

Contudo, ainda há indivíduos que não sabem quando a Lei do Silêncio pode ser usada e, tampouco, como ela funciona. Se você é um deles, não deixe de conferir o material que preparamos exclusivamente sobre o assunto. É só acompanhar a leitura e se atualizar!

O que é a Lei do Silêncio?

Para começar, vamos direto ao ponto: o que é a famosa Lei do Silêncio? Basicamente, a norma está fundamentada no art. 42 da Lei Federal das Contravenções Penais, ou Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941), responsável por estabelecer que todo cidadão que interferir na tranquilidade alheia estará devidamente sujeito a multa. Já em casos mais severos, a sua pena pode chegar a uma reclusão, variando de 15 dias até três meses.

Contudo, vale lembrar que essa norma não é específica aos condomínios, mas sim, apresenta um papel mais amplo. Ela pode ser aplicada em qualquer situação em que as pessoas sintam o seu sossego prejudicado.

Já de acordo com o art. 1.277 do Código Civil, o proprietário de um imóvel tem o direito de encontrar soluções para diminuir as interferências consideradas prejudiciais à sua tranquilidade, saúde e segurança, e que sejam originárias de imóveis vizinhos.

No entanto, é necessário destacar que essas regras podem ser complementadas de acordo com o município em que a propriedade está localizada. Assim, você precisará sempre se informar sobre as normas que foram previamente estabelecidas pela prefeitura da sua região.

Os condomínios, por sua vez, também precisam seguir não somente as leis nacionais e municipais, como também, o seu Regimento Interno, que é estabelecido a partir da Convenção do Condomínio. Nesse documento, são determinados os horários e os dias mais adequados para realizar festas, fazer reformas, promover mudanças e demais atividades que possam ser incômodas.

Qual é a importância dessa lei?

Podemos resumir que a Lei do Silêncio foi criada com o foco em manter a “política da boa vizinhança” entre os moradores de um empreendimento específico. Ainda hoje, muitas pessoas acreditam que essa norma serve apenas para regular a poluição sonora no período entre as 22 horas até as 9 da manhã, porém, é válido destacar que a Lei Federal não estipula um horário para que os ruídos sejam considerados, de fato, uma violação.

Com isso, é possível entender que o barulho em excesso, independentemente do período do dia, pode ser bastante inconveniente, assegurando que o indivíduo lesado faça reclamações e tome medidas para garantir o seu direito ao descanso.

Inclusive, e dependendo das regras estabelecidas por cada município, há um limite máximo de decibéis (dB) que podem ser emitidos em determinados dias e horários. Logo, uma vez que essas imposições não forem respeitadas, tanto pela Lei do Município quanto pela Federal, o infrator poderá sofrer sanções.

Quais são os deveres dos moradores de condomínio?

Para não sofrer as consequências da Lei do Silêncio e garantir um bom convívio entre os moradores de um condomínio, é imprescindível que o proprietário ou locatário siga as indicações estipuladas no Regimento Interno.

Em diversas situações, a administradora do condomínio ainda utiliza a Norma Brasileira 10.151/2000, criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para regulamentar essas ações. Entre as principais imposições, destacamos:

  • das 7h às 20h: até 55 dB (dia);
  • das 20h às 22h: até 50 dB (noite);
  • caso o próximo dia seja um domingo ou feriado, é necessário praticar a faixa de horário da noite e estendê-la até as 9h.

Todo morador deve ter em mente que os ruídos excessivos podem causar uma série de consequências aos seus vizinhos. Dos mais comuns, ressaltamos a irritação, o estresse, a insônia, a depressão e, até mesmo, sintomas mais graves, tais quais a perda auditiva, dores de cabeça e o aumento da pressão arterial.

Saiba ainda, que já existem recursos capazes de medir o nível de ruído dentro de um imóvel, como o decibelímetro ou aplicativos exclusivos para smartphones. Não imagina quais tarefas do dia a dia podem acabar provocando o incômodo dos seus vizinhos? Veja alguns exemplos e comece a se policiar agora mesmo:

  • torneira pingando sem parar: 40 decibéis;
  • secador de cabelo: 90 decibéis;
  • britadeira: 110 decibéis;
  • caixa de som: 130 decibéis.

Quais são os direitos relacionados à Lei do Silêncio?

Não são raras as situações em que os condôminos não sabem como agir diante de um grande incômodo sonoro. Em boa parte dos casos, o problema deve ser inicialmente resolvido com o síndico do prédio — se houver. Se não, você pode conversar com a administradora do condomínio, que é a responsável por fiscalizar o Regimento Interno do empreendimento.

Mas a verdade é que existem situações que fogem de nosso controle. Dependendo do perfil do vizinho barulhento, é provável que nem uma conversa ou multa seja suficiente para reverter o quadro.

Então, o que fazer? Em tais circunstâncias, indicamos que você registre um Boletim de Ocorrência (B.O.), diretamente em uma unidade da Polícia Civil. A partir disso, os profissionais ficarão encarregados de tomar certas medidas previstas no campo penal. Se mesmo assim, nada for solucionado, também é possível recorrer ao poder judiciário e cobrar um retorno mais respeitoso do condomínio.

Esperamos que, com esse conteúdo completo, você tenha entendido a importância da Lei do Silêncio, como ela funciona e as maneiras de aplicá-la no dia a dia, em situações delicadas.

Caso queira conferir mais dicas a respeito da boa convivência, aproveite o momento e veja o nosso artigo sobre como evitar problemas com os vizinhos durante uma reforma.

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